segunda-feira, 24 de outubro de 2011

No control - Segunda parte



O céu estava cinza, dando ao dia um tom melancolico.
As gotas da chuva que caia, formavam a sinfonia de uma triste manhã e o som de seus passos nas poças de água a faziam lembrar que estava sozinha novamente.
A hora do relógio em seu pulso, incadicava dez minutos de atraso. Mesmo andando rápido, não daria tempo de ir pelo caminho que havia se habituado a fazer desde que tudo aconteceu. Olhou em seu relógio novamente e decidiu ir pelo caminho mais curto. Hesitou ao avançar pelo bosque, que cortava o percurso. Andou sem olhar ao arredor, seu coração batendo mais forte a cada passo dado, chegando ao centro daquele lugar, já não haviam alternativas. Virou-se para direita e observou o balanço que possuia um aspecto tão morto quanto a alma que lhe foi roubada.
Todas as lembranças vieram a tona como uma avalanche, que destrói tudo em seu caminho. Subitamente se abaixou, até sentar no chão, ao lado da familíar árvore. E assim o restante da força de Elisa foi se esvaindo, junto com os soluços de um choro doído que terminava de compor a música daquela manhã.

Janine Vieira.

quinta-feira, 29 de setembro de 2011

No control - Primeira parte



... e assim ela aprendeu a forma mais fácil de conseguir o que queria. Havia encontrado a fórmula para manter o equilíbrio, sem deixar de lado as "coisas" que gostava.
Era simples, esta só devia esquecer de tudo que a familía havia ensinado como certo, todos os valores, tudo que a sociedade em sua maioria rotulava como sendo bom. Mas em sua concepção equivocada, por conta das neblinas que pairavam em sua mente, tudo isso não passava da imagem que o mundo fingia ter.
Jogou da janela do seu quarto, no segundo andar, o último elo que tinha com a criança que um dia foi, e quando o barulho dos caquinhos de vidro soaram pelos seus ouvidos Elisa sabia que não haveria mais volta. Suas chances de voltar a ser quem um dia foi, morreram ali junto com os estilhaços da bailarina jogada ao vento.






Janine Vieira .

segunda-feira, 30 de maio de 2011

O Morro Dos Ventos Uivantes.



Publicado em 1847, a obra literária de Emilly Brontë, faz com que muito se especule a respeito de sua  sanidade mental. Com seus tons sombrios de um amor torturado e seu "heroi" que se transforma na personificação do próprio mal, devido ao intenso sentimento que o leva a loucura. Podemos notar a grandiosa e talvez pertubada mente da autora.
Seja como for, O Morro Dos Ventos Uivantes acabou por se firmar, ao longo do século e meio decorrido desde sua primeira publicação, como uma obra-prima que traz incontáveis prazeres e reflexões ao leitor.